quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

ENVENENAMENTO POR FEITIÇARIA - POÇÕES E PÓS DEITADOS NA COMIDA E BEBIDA



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Nos artigos que antecederam este, fomos dissertando sobre a actuação material de magos e “bruxas”, no envenenamento de criaturas por substâncias tóxicas desconhecidas, dissolvidas nos alimentos e bebidas.

Como já escrevemos, a magia é uma arte complexa, onde o bem coabita com o mal, com rituais de todos os tipos – presenciais ou à distância -, onde preparados – triturados ou diluídos – de substâncias desconhecidas ou mantidas no secretismo são usados para serem vertidos na bebida ou comida, sendo esse o nosso grande problema.
Se as questionarmos sobre a sua actividade, nenhuma confessará práticas que não envolvam o bem do próximo. Mas no rigor dos princípios, salvo raras excepções, o mal anda de mão dada com o bem.

Voltamos a advertir, pela sua pertinácia, que praticamente todas as “bentas” e “bentos” – expressão muito utilizada na Beira Alta – que conhecemos, são unânimes ao aconselhar que não devemos beber ou comer fora de casa, muito especialmente em locais onde possa haver gente que nos odeie, inveje ou queira mal…, prevenindo assim os envenenamentos.
Envenenamento que pode ser provocado por negligência – caso de um curandeiro que aplica uma poção de que desconhece os efeitos ou que foi simplesmente mal preparada – ou dolo.

O feitiço é um veneno e o feiticeiro um envenenador. A verificação dos sinais e sintomas de envenenamento por feitiço, não é tarefa fácil, mesmo para os feiticeiros mais experientes. A intuição estruturada em cuidada observação e balizada pelos meios complementares de diagnóstico, bem como pela inoperância da medicina alopática em firmar um diagnóstico concreto, pode constituir-se como um guia mais ou menos seguro. 

Há nos muitos ingredientes utilizados um secretismo compreensível e só a muito custo e depois de alguma confiança mútua se consegue apurar algo palpável. Variam em consonância com a região e com o país, sendo alguns conhecidos desde a antiguidade e por praticamente todos os povos, usados em poções mágicas – amarrações, afrodisíacas, causadoras de males e morte, entre outras – e panaceias para todas ou quase todas as enfermidades:

- unhas;
- cabelos;
- pelos de animais;
- penas;
- cinzas;
- dentes – triturados ou não;
- saliva;
- sangue menstrual;
- lagartixas e sapos;
- terra do cemitério;
- ossos;
- e muitos outros…



 JOSÉ MARIA ALVES

(BLOGUE PESSOAL)

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