quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA - MAU-OLHADO, MAL DE INVEJA, AMARRAÇÕES, E OUTROS FEITIÇOS REALIZADOS À DISTÂNCIA



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“Não vos deixeis enganar por toda a espécie de doutrinas estranhas” (Heb 13, 9).


Já anotámos, em consonância com os ensinamentos da Igreja Católica, “que todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende dominar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da vontade de fazer mal a outrem, recorram ou não à intervenção dos demónios” (Cat 2117).

Há uma medicina religiosa tradicional, que pode apresentar duas faces: ou é exercida para o bem ou para o mal. Muitas vezes a feiticeira não se limita a curar as doenças que não são do médico, como também as do médico, e ainda as causadas por magia negra. Para a cura, congrega elementos de uma religião tradicional sincrética com elementos da religião católica. Noutras – ou sendo outra a feiticeira -, procura causar dano na integridade física de um qualquer visado, matar, tolher, lançar maldições, servir-se dos espíritos para o mal, amarrar.

A magia é uma arte complexa, onde o bem coabita com o mal, com rituais de todos os tipos – presenciais ou à distância -, onde preparados – triturados ou diluídos – de substâncias desconhecidas ou mantidas no secretismo, são usados para serem vertidos na bebida ou comida – esse será como veremos infra o nosso problema maior –, ou para com eles fazer defumadouros e amuletos de natureza egocêntrica – tenhamos em atenção, que as imagens (amuletos) utilizadas pela religião devem sê-lo de modo teocêntrico, ou seja, sem outra finalidade que não seja o amor por Deus. 

A feiticeira tanto cura como mata, enfeitiça e desenfeitiça, arrenega e desarrenega, amarra e desamarra, adivinha o futuro e altera-o, evoca os espíritos do bem e os do mal, exorciza, reza e blasfema, prepara xaropes, infusões, poções para vários fins, purgantes, vomitórios, vai fazer as suas orações e rituais aos templos cristãos. Trata à distância ou presencialmente. Se à distância serve-se de fotografias, roupa interior, um papel escrito ou qualquer outro objecto que tenha contacto íntimo com o visado. Cura o mau-olhado que é consequência da inveja e gerador de muitos males, como o quebranto, a doença e a morte – aqui a feiticeira é tida por desolheira -, como assim o mal dos mortos – almas penadas, diabos - e o dos vivos.

Como já dissemos, ao contrário do que se julga, são muitos mais os que procuram a “bruxa” para fazer mal aos outros, do que podemos pensar.
Se as questionarmos sobre a sua actividade, nenhuma confessará práticas que não envolvam o bem do próximo. Mas no rigor dos princípios, salvo raras excepções, o mal anda de mão dada com o bem.

Nesta sede, não deixa de ser interessante anotar, que praticamente todas as bentas e bentos que conheci, são unânimes ao aconselhar que não devemos beber ou comer fora de casa, muito especialmente em locais onde possa haver gente que nos odeie, inveje ou queira mal… Que cada um tire as suas ilações.



JOSÉ MARIA ALVES

(BLOGUE PESSOAL)

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