quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

ARTES DIVINATÓRIAS



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No nosso livrinho, Artes Divinatórias, Prática e Crítica, editado em
escrevemos:

As artes divinatórias nasceram com o homem, com os seus medos e anseios.
Para as civilizações antigas, com especial referência à dos Assírios e Caldeus, todo o universo se consubstanciava num organismo harmónico, coerente e equilibrado, no qual se faziam sentir os actos das suas partes, que podiam influenciar de modo positivo – para o bem – ou negativo – para o mal – a vida dos seres humanos.
Estes “ecos” ou repercussões eram interpretados em augúrios por sacerdotes especializados, que se dedicavam nomeadamente à observação dos planetas, relacionando-a com os nascimentos, à análise dos sonhos, à aparência de um fígado de carneiro. 

Já vi definida a adivinhação como o “acto pelo qual, sem o auxílio de Deus, se pretende conhecer ou anunciar, com certeza, o que só Deus pode saber: os futuros contingentes e os segredos da consciência”.
Estaremos assim, perante escandalosa desordem ética. A adivinhação ao recorrer de modo explícito ou implícito a Satanás, atribui-lhe indevidamente os poderes que são exclusivos de Deus – no catolicismo, muito em especial de Jesus. Por ela, confiamos no inimigo declarado do Deus único.

Para alguns é uma espécie, ainda que subtil, de superstição.
É indubitável que o homem padece ancestralmente de um grande número de superstições, que se alinham ainda que de forma mediata com augúrios e previsões de acontecimentos futuros. Não caberiam nestas páginas, tão elevado é o seu número. Relembremos algumas: não devemos despedir-nos de um amigo ou de alguém de quem muito gostamos numa ponte, sob pena de não o voltarmos a ver; não devemos colocar sapatos novos em cima de uma mesa; encontrar no campo um trevo de quatro folhas representa sorte; não apanhar flores deixadas na rua, pois irão causar doenças na família de quem as colheu; passar por baixo de uma escada dá azar; matar um gato equivale a sete anos de azar; a pata de coelho é um amuleto protector; uma ferradura de um cavalo pendurada atrás de uma porta dá sorte; o domingo é o dia ideal para iniciar uma viagem; um marinheiro não se faz ao mar numa sexta-feira, umas horas mais cedo é quinta-feira e algumas mais tarde sábado; se uma mulher der pantufas ao homem que ama nunca se casará com ele; é indesejável ter treze pessoas sentadas à mesa. 

Há uma curiosidade generalizada quanto ao que o futuro nos reserva. Temos assistido nas últimas décadas ao renascimento das artes divinatórias.
O número de pessoas que recorrem aos serviços de adivinhos e videntes tem vindo a aumentar. Querem obter respostas para o seu destino e para a resolução dos seus problemas. Esta atitude leva-as, por vezes, ao extremo de nada realizarem sem consultarem o “profissional”, que bastas vezes mais não é do que um charlatão. 

Astrólogos, videntes, tarólogos, aparecem-nos com elevado destaque nas televisões, onde ocupam espaços em programas de grande audiência, nas revistas e nos jornais. Como se tal não bastasse, o recurso aos curandeiros “africanos”, às “bruxas”, e a outros profissionais do porvir e da cura sem esforço, não cessa de aumentar: são os “mestres”, os “professores”, os “astrólogos mestres”, os “astrólogos africanos”, os “videntes curandeiros”.
Estranha época de desenvolvimento tecnológico e de subdesenvolvimento espiritual. Tempo de ignorância e de facilitismo.
(…)

No dito livro, tratámos da Geomancia, Adivinhação birmanesa, Runas, Tarot e I-Ching, não tendo incluído a astrologia ocidental por dois motivos fundamentais: enquanto astrónomo temos um marcante divórcio com tal arte e a elaboração de uma carta astral ultrapassa os nossos conhecimentos. 
Por outro lado, lançámos um desafio: que os leitores experimentassem cada um dos métodos divinatórios expostos, sobre as mesmas questões ou problemas pessoais que pretendessem ver esclarecidos, comparando os resultados.
Que desilusão…


A Astrologia, por seu turno, é uma arte divinatória que floresceu durante cerca de 5000 anos. 
Até ao ano de 447, não teve qualquer embaraço por parte das autoridades e instituições. No entanto, nesta data e no Concílio de Toledo, os cristãos foram proibidos de a estudar e praticar.
Mas com os árabes na Europa, depressa se esqueceram as recomendações da Igreja de Roma. Só no século XVII voltou a ser posta em causa e pelo racionalismo científico.

Há muitas espécies de Astrologia, para todas as bolsas e gostos, onde se usam métodos diferentes para interpretar o futuro através dos astros, permanecendo sempre a ideia fundamental de que existe uma relação entre o movimento dos astros e o destino dos indivíduos.
Ressurgiu com redobradas forças a partir da segunda metade do século passado e é hoje uma das “armas” do movimento New Age, apadrinhada pelas revistas cor-de-rosa e pelos programas televisivos de massas, e com uma clientela diversificada, gerando lucros que não conseguimos calcular, já que como muitas outras artes está defendida por uma manifesta evasão fiscal. 

***

Haverá ainda que mencionar a Cartomancia – adivinhação do futuro pelas cartas – e da Quiromancia – pela leitura das palmas das mãos



JOSÉ MARIA ALVES

(BLOGUE PESSOAL)

LIVROS ONLINE




2 comentários:

  1. Boa tarde José
    Li seu blog de auto-isopatia energetica e nao consegui faze-la
    nao entendi o passo a passo

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  2. Boa tarde <amigo

    Julgamos que o artigo do blogue referente à preparação simplificada do medicamento é bastante claro quando lido com a atenção devida.

    Temos sérias dificuldades, nesta sede, em explicitar mais detalhadamente o seu conteúdo.

    Vamos tentar no mais curto espaço de tempo colocar online instruções mais detalhadas – por imagens; vídeo ou vídeo e áudio.

    Caso sinta dúvidas quanto ao seu teor, aconselho que peça o auxílio de alguém com alguns conhecimentos de homeopatia, naturopatia ou farmácia.

    Um abraço e as melhoras.

    JMA

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